Em tempos fui cristão praticante, era uma pessoa que tinha o costume de ir à missa todos os domingos em busca de alguma paz interior. O curioso é que sempre que estava na “casa de Deus” eu pensava em tudo menos nele. Questionava-me o que era a Fé e o que é Deus. Cheguei a colocar situações hipotéticas de que eu vivia numa simulação ou que estava num sonho infinito que nunca mais acabava e até hoje é algo que me intriga.
No verão de 2020 dei por mim com um céu muito bonito à
noite. E de um momento para o outro mudei de religião.
A religião não tem que forçosamente ter uma prática
associada ou um padre. Assim como a pergunta certa a ser feita não é “Quem é
Deus”, mas sim “O que é Deus”.
Deus posso ser eu, pode ser um ser que não se vê, pode ser
uma força, pode ser o destino, pode ser a nossa mãe ou até um dos 7 pecados
capitais. O que é certo é que o Ser Humano move-se consoante as suas crenças,
sejam elas espirituais ou não.
Um atleta de alta competição pode meter todo o seu destino
num Deus que lhe dá dádivas se houver sacrifícios e com isso ele deixa o seu
talento nas mãos de algo ou alguém (que nem ele próprio conhece ou sabe da sua
existência). Outro atleta acredita que ele é o seu Deus e que ele próprio é que
reúne as forças necessárias para vencer, mas que tudo depende dele e só dele.
O Homem é movido não pela energia dos alimentos, mas sim
pela energia da fé, seja ela espiritual ou não.